Há tempos tento
Guardar minhas tristezas
Numa caixinha de cristal
E deixa-la num canto
Onde nunca mais possa
Atingir-me
Há tempos que tento
Colher minhas alegrias
E pô-las num grande vaso aberto
Na frente do meu sorriso
Onde a cada dia eu possa
Disseminá-las
Através da minha luta
Hoje abraço a tristeza e à alegria
Às vezes sorrindo
Às vezes chorando
Às vezes em silêncio
Às vezes cantando
Sem nunca desprender-me
Das asas da esperança
Que desde criança
Carrego no peito.