MARY HASKELL ARREPENDIDA

18 de abril de 1915
Penso que nunca
acreditei nas poucas palavras de amor que me disseste, ou nas muitas que não
ousaste pronunciar; como era complicada minha maneira de te amar! Agora entendo
o quanto te fiz sofrer, e quanta coisa joguei fora para mantê-las longe de nós.
Por alguns
momentos, acreditei que tudo o que foi afastado jamais retornaria. Então
perguntei às nossas almas se tinha razão. Não escutei nenhuma resposta
imediata, mas logo a visão de uma montanha apareceu diante de mim. E eu entendi
que a culpa não tinha sido do meu coração, mas da falta dele.
Peço perdão por
tudo que tentei destruir, e pela dor que te causei. Meu amado Kahlil parece que
não escrevo para você, mas com você. E os dias são mais tranquilos, porque você
está sempre ao meu lado.
Nas Sierras, onde
quer que se vá, pode-se escutar sempre o barulho da água correndo nos rios. Da
mesma maneira, onde quer que eu esteja, posso perceber os teus sentimentos
fluindo por meu coração.
Que Deus te
abençoe. Que Deus nos abençoe.

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