GIBRAN E A PARÁBOLA DO CEGO

A parábola do cego
10 de maio de 1916
Querida Mary:
Estou lhe enviando uma parábola que terminei.
Tenho escrito pouco, e apenas em árabe. Gostaria de ouvir suas correções e
sugestões:
Na sombra de um templo, meu amigo me apontou
um cego.
Meu amigo me disse: “este é o homem mais sábio
do mundo”.
Aproximamo-nos, e perguntei: ”desde quando o
senhor é cego?”
— Desde que nasci.
“Eu sou um astrônomo”, comentei.

— Eu também, o cego
respondeu. E disse, colocando a mão no peito: — fico observando aqui dentro os
muitos sóis e as muitas estrelas.

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