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Hoje se comemora o dia internacional da mulher. A data comemorativa em decorrência do acontecimento é mais triste do que celebrativa. A final não há o que celebrar num genocídio.
As 130 operárias daquela fábrica de tecidos, da cidade estadunidense de Nova Yorque que foram queimadas vivas dia 8 de março de 1857 por protestarem por melhores condições de trabalho são hoje símbolos grandiosos da luta feminina em todos os espaços sociais e culturais.
Então o quê comemorar se a homenagem é referente às 130 mulheres carbonizadas nesse dia?
O dia 08 de março no meu entendimento deve ser celebrado como um ato político, como um posicionamento contra a imposição e discriminação contra a mulher.
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Temos muito que comemorar para que não sejam esquecidas as conquistas alcançadas e também para que a sociedade não retroceda a estas conquistas.
O princípio da equidade deve ser o norteador desse processo para que o espaço da mulher não se efetive apenas por imposição da lei, mas por uma iniciativa de valorização da dignidade humana.
A sensibilidade dos poetas e dos artistas precisa se disseminar por toda a sociedade para que se torne comum nas ruas, nas casas, nas praças, nas instituições uma constante manifestação de carinho e de respeito às mulheres.
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Não podia finalizar este texto sem citar um trecho de uma música que adoro:
“A mulher tem na face dois brilhantes
Condutores fiéis do seu destino
Quem não ama o sorriso feminino
Desconhece a poesia de Cervantes
A bravura dos grandes navegantes
Enfrentando a procela em seu furor
Se não fosse a mulher mimosa flor
A história seria mentirosa”…