NÃO CORRA RISCOS, SEJA SEDENTÁRIO 8: a popozuda e o velho

Ainda no
segundo dia de caminhada. Em plena três horas da tarde. Experimentava o fogo
infernal que emergia das pedras da Praça dos Girassóis. Era uma sensação de
morte num forno de assar frango.
Estava muito
chateado com o que a infeliz havia feito com as gordas, mas quando vi a mesma
infeliz se aproximar de um velho, lhe perguntar as horas e lhe chamar de gato,
fiquei estarrecido. Não imaginava que fosse capaz de tamanha insensatez.
Minha
indignação aumentou quando vi o velho parar para olhar as horas. Poderia ter
sido algo normal se ela não tivesse se aproximado e curvado-se quase tocando
com as nádegas um pouco abaixo do seu umbigo, fingindo que desabotoava os
cadarços.
O desespero
do velho me comoveu. Ele não sabia o que fazer com a bunda avantajada daquela
infeliz em sua frente. Olhava pra tudo quanto era lado pra ver se estava sendo
observado. Como se estivesse cometendo algum crime.
Por duas
vezes fez o sinal da cruz. E na terceira foi embora sem olhar para trás.

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