QUANDO O AMOR ACABA

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Outro dia ouvi algo que me deixou reflexivo. Para quem proferiu era uma frase de humor, por um instante duvidei, mas logo constatei que era mesmo uma brincadeira. Uma pessoa falava de outra, comentando como o referido amigo apelidava a esposa. Por mais incrível que possa parecer o apelido era: “ Dona Onça”.
Pus a indagar-me onde estava aquela flor por quem esse individuo um dia fez juras de amor.
Fiquei imaginando a imagem que lhe vinha à mente quando pensava na sua companheira.
Tentei imaginar como seria o cotidiano ao lado de uma onça, qual seria a forma de carinho e como dormir ao lado… a sensação não foi nada boa.
Não tenho nada contra os felinos, só não vejo sentido nessa  forma de tratamento. 


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Mas, já vi uma demonstração de amor encantadora em que a comparação entre um felino(onça) e uma mulher alcançou uma nota muito próxima da perfeição. Veja um trecho da música “ Tigresa” do Caetano Veloso: 
Uma tigresa de unhas negras
Iris cor de mel
Uma mulher
Uma beleza
Que me aconteceu
Mas, quando se trata de elogio, se não somos gênios é melhor seguir o modelo do Vinicius de Moraes:

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“Vem cá, Luiza
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Dá-me tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luiza”

Com tantas possibilidades para falarmos e agirmos em prol da pessoa amada, a única justificativa plausível para o termo “Dona Onça”  é a de que nesse relacionamento o amor, de fato, acabou.

2 comentários em “QUANDO O AMOR ACABA”

  1. Professor Max,

    Realmente seu texto ficou muito bom. Infelizmente é real o fato de muitas pessoas desrespeitarem seus cônjuges e brincarem com o sentimento do outro. É necessário que façamos uma reflexão sobre a forma como ver e trata seu companheiro. O respeito é a base de tudo.
    Parabéns pela iniciativa de criar este espaço interativo.

    Sucesso!!

    Jandira Aquino

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