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Estava num bar tomando umas biritas quando de repente ouvi dois bêbados conversando, em meio às inúmeras conversas esta (abaixo) me chamou a atenção.
– Compadre tu não vai acreditar na moléstia que me aconteceu!
– O que houve compadre para ter te causado tanta complicação?
– Foi assim, certa vez, por volta da meia noite, eu passava em frente a um cemitério abandonado quando de repente uma criatura pulou o muro e com uma arma na mão gritou apressado:
– passa o redondo!
– Pensei, que ladrão atrasado, ainda é do tempo que grita passa o redondo. Por precaução não respondi nem o encarei. Tirei o relógio do braço e o entreguei. Só que em vez de se dá por satisfeito o cara ficou mais furioso ainda e gritou mais alto, ele disse:
– Tá surdo sua besta quadrada! Eu falei passa o redondo e tu me dá um relógio quadrado?
– Nessa hora eu gelei e antes que eu encontrasse uma saída ele gritou:
– como é que é meu irmão ta querendo me enganar?
Nessa hora me veio uma idéia iluminada que aprendi com um velho professor de filosofia, ele dizia que toda pessoa que se propõe a oferecer um problema deve também oferecer três possibilidades de solução. Com essa certeza pedi calma e falei que ele precisava me oferecer três opções caso contrário eu não poderia atendê-lo. Por alguns instantes pensei ter resolvido o problema só que ele me veio com as seguintes proposições:
1) Você me passa todo o dinheiro e objeto de valor e depois me passa o redondo ou, morre;
2) Você me dá tuas roupas, fica pelado, depois me passa o redondo ou, morre;
3) Você me dá todo seu dinheiro, objetos de valor, roupas, dignidade e me passa o redondo, ou morre.
– Que situação complicada, compadre! Ele teve a cara de pau de pedir tua dignidade! – E o que foi que tu fizeste pra sair dessa situação?
O outro respondeu depois de um longo suspiro:
– Pois é compadre… o importante é que estou vivo, não é mesmo.