Era motivo de ódio.
Não conseguia acreditar no que você me fez.
A cama estava sempre vazia,
Mas sufocava a saudade
Com o veneno que emanava do teu corpo.
Você era minha víbora predileta
Meu antídoto protetor contra o perdão
A esperança e a calmaria.
Mas hoje já consigo discernir entre a verdade,
A traição e a saudade.
Você nem imagina o quanto tudo isso ainda me causa dor.
Vivo a contemplar as chuvas através da vidraça
E a esperança num divã.
Quem sabe um dia acordo sem pensar
No hoje nem no amanhã.
Ontem tive um sonho lindo
Nele te via sorrindo e te dava uma flor.
Uma linda flor de amor.
Você sorria
Me pedia perdão e jurava que me amava.
A emoção me deixava quase sem ar
Enquanto repetia com voz em nostalgia
Eu te perdoo quantas vezes precisar.